terça-feira, 29 de maio de 2007

** Quem disse que brasileiro tem memória curta?**


Para não esquecermos, que estudamos numa universidade PÚBLICA E GRATUITA, que nem o nosso DCE gestão AMANHA VAI SER OUTRO DIA insiste em fazer....

"Através desta, declaramos a nossa posição sobre a “venda do dia do trote” feita ao Cursinho Positivo. Entendemos Necessário pronunciarmos a respeito deste assunto, pois tal atitude feriu a concepção que temos sobre universidade pública, gratuita e de qualidade.
O ponto de crítica é referente aos espaços privatizados dentro da Universidade, que nos posicionamos contra. É preciso discutir soluções para os espaços já existentes e não a criação de maus espaços deste tipo. Entendemos a licitação ao Positivo como uma terceirização e, repudiamos esta atitude, pois esta não veio nem da Reitoria, e sim do próprio DCE, que desrespeitou a posição dos estudantes tirada no “X Congresso dos Estudantes da UFPR”, na resolução 65: “Contra utilizar recursos oriundos de espaços privatizados na universidade”.
Além disso, o Positivo representa a pior forma de lidar-se com a educação, uma máfia de ensino enlatado e alienante que se alimenta de nosso sistema excludente de ensino superior e da deficiência do ensino básico. Para o DCE essa licitação pode significar apenas uma forma de financiamento, mas ela tem repercussões sociais maiores, pois, atrela o acesso à UFPR aos cursinhos, reafirmando como “natural” o fato de milhares de alunos serem excluídos de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade. Algo que o movimento estudantil sempre lutou contra. Nós gostaríamos que os novos alunos vissem a universidade como mais um espaço para questionar sobre, e não como mais um espaço onde até as nossas mentes servem para circulação de capital.
Nós não aceitamos o argumento de que os cursinhos não poderiam ser controlados, porque poderíamos sim evitar a entrada de banners e tantas bandeiras. Houve certamente uma invasão exagerada do Positivo, inclusive por terem seu nome citado no palco e uma presença tão imponente, algo que nunca havia acontecido na UFPR.
Os CAs embaixo descritos não aceitaram essa verba ( em camisetas) e gostariamos de repudiar esta atitude da gestão, que vem, inclusive sistematicamente descumprindo as resoluções do Congresso, o que representa um desrespeito aos estudantes e uma banalização de toda luta construída pelo moviemnto estudantil.

Curitiba, 15 de março de 2007


Apóiam nossa carta, os seguintes centros acadêmicos e coletivo:

CAFIL – Centro Acadêmico de Filosofia
CAEDA – Centro Acadêmico de Educação Artística
CAF - Centro Acadêmico de Farmácia
CAP - Centro Acadêmico de Psicologia
CAEF - Centro Acadêmico de Educação Física
CACOS - Centro Acadêmico de Comunicação Social
CAHIS - Centro Acadêmico de História
Coletivo Levanta ou CAE.

sábado, 19 de maio de 2007

** Algumas coisinhas que rolaram na I Semana Universitária de Saúde de Enfermagem **

Na segunda feira, na Uniandrade rolou um teatrinhu mostrando as três fases da Florence, palestra sobre trauma, debate sobre ato médico e a tarde, na UFPR, palestras sobre o CUIDADO, contudo, nossas palestrantes foi quem deram show....



Com direito a Dupra sertaneja e tudo!!



Já na Terça feira, lá na FEPAR o Exercicio profissional, juntamente com suas regulamentações também foi bem abordado, e o segundo periodo estava lá conferindo tudinho...



Mas como ninguem é de ferro....


Bateu aquele cansaçooo



Na quarta feira (UFPR) a Reforma Universitária, entrou em pauta, bem como e ENADE e os HOSPITAIS UNIVERSITÀRIOS, a galera participou bastante.


Na quinta, lá na PUC extensão popular foi o tema e a galerinha fez bonito nos GDs.
Na sexta, pela manha na UNIBRASIL, uma avaliação foi feita, nos conhecemos melhor e a união fez a força. Pela tarde as representações da Enfermagem marcaram presença lá no auditório do Setor de Saúde (ABEn x Cofen).
A noite para fechar com chave de ouro....

FESTA!!!!






Valeu galera!! A Semana foi um sucesso graças a vocês!!!!

** Enquanto isso no Enfermaria IV **

Curitiba, Maio de 2.007.




"Alguns ouvem com as orelhas, outros com o estômago, outros ainda com o bolso e há aqueles que não ouvem absolutamente nada”. (Kalil Gibran)

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Editorial

Maio é marcado por inúmeras datas especiais, porém uma delas nos relembra e reafirma a importância de hoje fazermos parte desta faculdade e futuramente desta profissão. Afinal, existem algumas profissões que exigem uma dedicação total, um total espírito de renúncia, exigindo sempre daqueles que a exerce uma disposição para o que para muitos poderá ser considerado enorme sacrifício, mas que para eles será apenas sua realização pessoal e profissional, pois estarão apenas realizando o que mais gostam de fazer: cuidar. Estes ainda são responsáveis quase diretos pela vida daqueles que estão sob seus cuidados. De sua eficiência e competência, e mais ainda, de seu senso de dever, dependem muitas vidas. A Enfermagem com certeza é uma dessas profissões onde acima de tudo se encontra o bem estar do próximo, e consequentemente a melhoria da vida de toda uma população.Dia 12 de Maio DIA do ENFERMEIRO!

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Os Hospitais Universitários são das Universidades?

Os Hospitais Universitários foram criados com o intuito de ser, para os acadêmicos da área de saúde, um local de referência em pesquisas, desenvolvimento de tecnologias, e principalmente de conhecimentos, proporcionando à população uma assistência integralizada, bem como a oportunidade de realizar tratamentos que, pelo alto custo, não são realizados em outros hospitais.
Entretanto, tramita pelos bastidores do governo um desejo de se desvincular estes das Universidades fazendo com que eles de públicos e gratuitos passe a serem Fundações Estatais, sendo financiados por outras entidades que não o Estado.
E, sabe o que isto significa?

1. Diminuição dos leitos oferecidos gratuitamente pelo SUS, bem como consultas, tratamentos e exames;
2. Aumento da Jornada de trabalho dos Servidores, pois deixarão de serem Servidores Públicos;
3. Diminuição do campo de estágio para os acadêmicos, o que hoje em dia já ocorre, vocês já não se depararam com estudantes de Instituições Privadas como Dom Bosco e TUIUTI pelos corredores do HC? E isso tenderá a piorar!

Logo, não podemos permitir que acabem com o único local cujo além de se perpetuar o conhecimento auxilia na melhoria da saúde da população. Informe-se com seu centro acadêmico, professores, coletivos e saiba mais sobre este assunto, afinal você também faz parte desta luta!



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Você já ouviu falar no ENADE? Não?
O ENADE é uma forma de avaliação do desempenho do aluno. Faz parte do processo de avaliação estabelecido pelo MEC e a Enfermagem o fará este ano, em Novembro.
Para que serve?
Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação à conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
Porque participar do exame?
O ENADE é OBRIGATÓRIO.
Por que algumas universidades boicotam o ENADE?
A estrutura do ENADE contém componentes, o que justifica a proposta de boicote por algumas entidades.
1. Ranqueamento - distribuindo verba pública para os melhores colocados, tanto Universidades Públicas quanto Particulares.
2. Obrigatoriedade;
3. Desrespeita as diversidades regionais;
4. Desrespeita a complexidade do sistema de ensino superior do Brasil
E, é por isso e por inúmeros outros motivos que achamos importante o BOICOTE ao ENADE, pois só assim conseguiremos pressionar o governo a fazer uma avaliação de verdade que se importe realmente com a melhoria do ensino e da educação!5. Centralização do sistema de avaliação.

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Aconteceu neste mês...

A I semana Universitária de Saúde de enfermagem, que contou com a presença de mais de 200 alunos de todas as Faculdades de Enfermagem de Curitiba, bem como profissionais e professores da área.

Dicas





Acontece em Junho, nos dias 15, 16 e 17, o XVI EREEn Sul, aqui em Curitiba. As inscrições até o dia 10 de Junho estão R$ 40,00, depois deste dia R$ 45,00, sendo que nesta estão incluídos alimentação e alojamento.







Neste mês, nos dias 23,24 e 25 ocorrerá o II Trauma e Cuidado de Enfermagem, as inscrições vão até o dia 22 e custa R$ 15,00. Maiores informações (41)3360-7243.

* Você sabe o que é ENADE?*

O ENADE é uma forma de avaliação do desempenho do aluno que substitui o Exame nacional de Cursos (Provão). Faz parte do processo de avaliação estabelecido pelo MEC, e este ano a Enfermagem será um dos cursos que realizarão esta avaliação.

Para que serve?
Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação a conteudos programáticos, suas habilidades e
competências.

Porque participar do exame?
O ENADE é OBRIGATÓRIO. De acordo com a lei nº 10801de 14/04/2004 o ENADE é componenete curricular obrigatório.
Sem ele o aluno não cola grau e não recebe o diploma. O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante,
bem como dos resultados da universidade.

Por que algumas universidades boicotam o ENADE?
A estrutura do ENADE contém componentes , o que justifica a proposta de biocote por algumas entidades.
1. Ranqueamento - O ENADE, a exemplo do Exame Nacional de Cursos (Provão), realiza o categorização das universidades em 5 níveis. Sendo assim, os resultados do ENADE seriam utilizados como propaganda para o mercado, enfatizando uma visão mais produtivista do ensino em detrimento do seu papel social (identidade social da Universidade).
2. Obrigatoriedade - Torna-se um componente curricular obrigatório do estudante a realização do exame. Dessa maneira, todos os estudantes convocados devem estar presentes no local da prova, caso contrário, constará no seu histórico acadêmico a sua irregularidade.
3. Fornecimento de Bolsas - Os estudantes de melhor desempenho no ENADE receberão incentivos do MEC (ex: bolsas de estudos). Além de avaliar individualmente cada estudante, gera uma competitividade entre estes.
4. Desrespeita as diversidades regionais - A prova a ser realizada é única, sendo assim, o estudante da Bahia realizará a mesma prova que o do Paraná, desconsiderando as particularidades sociais, políticas, econômicas e culturais entre esses estados.
5. Avaliação restrita - A avaliação dos estudantes é feita em apenas 1 (um) dia de prova, não levando em conta a vida acadêmica do estudante e o processo em que este está inserido na Universidade.
6. Punitivo X Propositivo - Ao ser punitivo, o ENADE não fornece uma análise crítica e propositiva para intervenções visando sanar problemas.
7. Financiamento - A avaliação prioriza a regulação e o controle do ensino superior, e não o seu financiamento. Dessa maneira, o ENADE não garante a melhoria das condições do ensino público e consequentemente, não visa uma política maior de universidade pública
8. Imposição - O ENADE foi imposto através de Medida Provisória pelo Governo Federal, não havendo, portanto, participação da sociedade no processo de construção do sistema de avaliação.
9. Desrespeita a complexidade do sistema de ensino superior do Brasil - O sistema de ensino superior do Brasil deve ser entendido através das sua diversidade de instituições (Universidades, Centros Universitários, Faculdades Isoladas, etc.), cada um com suas particularidades, devendo o MEC legitimar essa diversidade e avaliar de acordo com as especificidades.
10. Centralização do sistema de avaliação - A Comissão responsável pela coordenação e planejamento do exame (CONAES) é composta majoritariamente por representantes do MEC, ou pessoas indicadas por este, havendo apenas 1 (uma) representação discente, 1(uma) representação docente e 1 (uma) representação técnico-adminstrativa. Dessa maneira, o processo de avaliação é centralizador, havendo ausência de critérios para a sua composição que indiquem a participação das Instituições de Ensino Superior e da sociedade civil. Boicotar o ENADE não significa faltar a prova: Infelizmente, a presença no dia da prova é obrigatória, sendo assim, o boicote se constitui em assinar e deixar a prova em branco, colando ou não o adesivo.


E, é por isso e por inúmeros outros motivos que achamos importante o BOICOTE ao ENADE, pois só assim conseguiremos pressionar o governo a fazer uma avaliação de verdade que se importe realmente com a melhoria do ensino e da educação!

domingo, 6 de maio de 2007

** Priemeiro Pré-trote de Enfermagem - tem coisas que só o segundo período (2007) faz por você!! **

“Só depois de muito tempo fui entender aquele homem
Eu queria ouvir muito mas ele me disse pouco
Quando se sabe ouvir não precisam muitas palavras..."

"...Muito tempo eu levei pra entender que nada sei... que nada sei
Só depois de muito tempo comecei a entender
Como será meu futuro, como será o seu?
Se meu filho nem nasceu, eu ainda sou o filho
Se hoje eu canto essa canção, o que cantarei depois
Cantar depois... o quê?!!
Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção o que cantarei depois
Só depois de muito tempo comecei a refletir
Nos meus dias de paz
Nos meus dias de luta..."

"...Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois
Se sou eu ainda jovem passando por cima de tudo
Se hoje canto essa canção, o que cantarei depois
Cantar depois... o quê?”

Sendo assim, aproveitemos a nossa juventude para agirmos no presente;
No agora;
Afinal, ainda temos muito o que cantar!!

SEJAM BEM VINDOS CALOUROS DO SEGUNDO SEMESTRE DE 2007!

terça-feira, 1 de maio de 2007

** INTEGRADÃO ** Fotinhus **

"...hoje eu não quero sofrer, hoje eu não quero chorar, deixei a tristeza lá fora..."


"...apesar de hoje ser a estrada que surge pra se brilhar..."


"...hoje eu quero fazer o meu carnaval..."

* E a Enfermagem, pra variar estava em peso. *

"...hoje nasceu novo sol no meu peito..."

* Close na galerinha. *


"...hoje é festa na floresta, toda tribo ateia som..."

*Mais uma das Enfermeirinha.*


"...hoje quem não cantaria, grita a poesia e bate o pé no chão..."


"...hoje o céu está tão lindo, vai chuva..."


"...hoje a poesia veio ao meu encontro, já raiou o dia, vamos viajar..."


"...Hoje eu quero a rosa mais linda que houver..."


"...hoje eu canto muito mais..."


"...é hoje o dia da alegria e a tristeza nem pode pensar em chegar..."



* Até caloura do 2º Semestre compareceu.......eeeeeeeee*



* E a festinha esticou...*


"...ando escravo da alegria, hoje em dia minha gente isso não é normal..."
"...hoje é que eu me acabo, meu irmão ..."
"...hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal), tudo deve estar suspenso, nada deve pesar..."
"...hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe..."
"...meu poeta, eu hoje estou contente, todo mundo de repente ficou lindo, ficou lindo de morrer.."
"...hoje eu só quero prazer, hoje vai ter que pintar, só quero a massa real, é o meu carnaval..."
"...hoje tem batuque, tem magia, essa mistura contagia, venha ver o que é que dá..."
"...hoje entrei na dança e não vou sair..."
"...hoje a poesia veio ao meu encontro..."
E, pelo menos por hoje,
"...o melhor lugar do mundo é aqui e agora..."

Assunto Novo: REFORMA UNIVERSITÁRIA - Veja a crítica do projeto de lei juntamente com a explicação dos artigos da mesma.

O movimento estudantil, de fato, tem como reivindicação histórica a reforma da educação. Mas sempre o fez com vistas a uma sociedade mais justa, no sentido de produzir o conhecimento em favor dos interesses da coletividade, distanciando a lógica da educação do viés tão conveniente aos ideais do capitalismo. Ocorre que o projeto de reforma proposto vai justamente em sentido oposto: de coadunar a educação superior aos interesses do mercado.





A versão que está para ser votada hoje, sem caráter de urgência, já é a quarta, tendo sucessivos retrocessos em relação às anteriores. Todas as versões, porém, possuem em comum a finalidade de eximir a responsabilidade do Estado para com a educação, principalmente no que concerne ao seu financiamento. Em conseqüência disso, autonomia da universidade fica comprometida, sobretudo no que tange o direcionamento do ensino, de suas pesquisas e projetos de extensão, pois acabam se direcionando aos interesses do mercado e seus respectivos representantes e não às necessidades da população.





Diante do quadro dessa Reforma Universitária proposta pelo Governo Federal, a União Nacional dos Estudantes posicionou-se, primeiramente, por reivindicar e fazer campanha “pela Reforma Universitária já”, posteriormente, passou a propor alterações, mas mantendo a lógica geral do projeto. Chegou, até mesmo, a pedir o desengavetamento do projeto quando este ainda não tinha sido enviado ao Congresso, e, depois de ter sido remetido, pediram para que fosse analisado sob caráter de urgência.





Enquanto a UNE tomava esse tipo de atitude por conta do seu atrelamento ao governo federal, os setores da esquerda foram extremamente críticos e contrários ao projeto, fazendo movimentações constantes para BARRAR ESSA REFORMA. A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior - Sindicato Nacional (ANDES-SN) desde o início encampou essa luta, junto com setores da esquerda da UNE e setores que já romperam com ela como é o caso da Coordenação Nacional de Lutas Estudantis (CONLUTE) entre outros. Vale a pena ressaltar que o Movimento Docente vem há mais de duas décadas elaborando um projeto para o ensino superior, que pode ser visto no Caderno II do ANDES-SN e no projeto enviado ao congresso nacional com uma proposta de uma real Reforma do Ensino Superior.





Assim, reivindicamos tanto a retirada imediata do projeto da câmara quanto mudanças reais na universidade: financiamento estatal, melhoria da qualidade do ensino, que a universidade se apóie sobre o ensino, a pesquisa e a extensão e que seja um local de produção e reprodução de ciência socialmente referenciada.





Em relação à Educação, acreditamos que a reformulação do ensino deva ocorrer desde o ensino básico, com uma nova forma crítica aos conteúdos, fazendo com que estes não reproduzam apenas os interesses do mercado, mas de toda a população. Contudo, um dos maiores problemas que encontramos hoje em nossa educação é a direção que o ensino toma quando entramos na Educação Fundamental e Média: estes visam somente ao vestibular e ao tão sonhado ingresso à Universidade, não criando nos estudantes qualquer idéia crítica ou mesmo criativa, espelhando assim a competitividade e individualidade da sociedade capitalista.





A suposta regulação das instituições privadas em verdade vem permitir a expansão do setor empresarial do ensino. Do mesmo modo, a garantia do financiamento das instituições federais por setores privados vêm precarizar a qualidade do ensino, voltado meramente aos interesses dos mantenedores, sem produzir pesquisa ou realizar extensão socialmente referenciados. Ademais, os cursos de curta duração, cursos à distância, ou a criação de centros universitários e faculdades precariza o corpo docente e flexibiliza as garantias de qualidade na educação.





Com a regulamentação de mais centros universitários e faculdades, por exemplo, estamos deixando de lado a importância de produzir novos conhecimentos e tecnologias através da pesquisa e da extensão.


Com este cenário, como vai ser possível manter a autonomia da Universidade?
Essa Reforma da educação é o resultado da aplicação das políticas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional imposta não só no Brasil como no mundo todo. Consoante os contextos, essas políticas são impostas como parte de pacotes financeiros ou são adotadas por elites locais, técnicos de educação prestigiados e com poder político.



Essas políticas têm o seguinte perfil geral:

  1. promoção da privatização;


  2. fim da gratuidade das universidades públicas (através da criação de cursos pagos, pagamento de taxas, cobrança de mensalidade, entre outros);


  3. substituição do financiamento das IFES por um sistema compensatório de bolsas de estudo (bolsas voluntárias em que os estudantes que se beneficiam devem pagá-la com seu trabalho dentro das instituições);


  4. criação de sistemas de avaliação (SINAES/ENADE) que têm a finalidade de ranquear e classificar as universidades, com acessos desiguais a recursos e com valores de mercado diferenciados atribuídos aos seus licenciados disponibilizando assim as verbas públicas de ensino de acordo com a classificação da Instituição;


  5. atenuação da responsabilidade financeira do Estado pela universidade pública através da transformação da Instituição Pública em Bem Público, o que obriga o Estado a apenas cuidar da “qualidade” do ensino não mais financiá-lo, e o correspondente incentivo a que esta gere receitas próprias.



Segundo estudos recentes da ANDES-SN, seria necessário 8% do PIB para o financiamento da educação como um todo e apenas 1% do PIB para financiar as IFES com qualidade, autonomia e assistência estudantil. Isso demonstra que é possível que o Governo Federal financie a educação pública.


Sendo assim seguem alguns dos artigos do último Anteprojeto da Reforma Universitária enviado ao Congresso Nacional no dia 8 de Junho de 2006, com suas respectivas críticas.












Título I
Normas Gerais da Educação Superior

Capítulo I
Disposições Gerais


Art. 3°
Segundo esse artigo a Universidade deixa de ser uma instituição pública para ser um bem publico, ou seja, sendo um bem passa a ser de todos, cabendo ao Poder Publico assegurar somente a qualidade da educação superior e não mais seu financiamento, como ocorre na instituição publica. Este poderá ser feito tanto pelo Estado/governo (não de maneira obrigatória) quanto por setores privados. O fato de permitir o financiamento por setores privados acaba com a autonomia da universidade, pois esta poderá influenciar na realização e escolha das pesquisas voltando o objetivo das mesmas claramente para a obtenção do lucro de quem as patrocinou.




Art. 4°
É um artigo que em uma leitura desatenta parece muito bom, porém não define nada, e entra em contradição com artigos seguintes, além de ser muito vago em todo o seu conjunto.




Art. 5°
Trata esse do Ensino à Distância. Somos contra a substituição do ensino presencial pelo ensino à distância porque prejudica o aprendizado sem o mínimo convívio de sala de aula, com o universo universitário, os projetos de extensão, pesquisas, palestras etc., outra questão pertinente é o motivo de isto ser implantado somente para melhorar as estatísticas sem a real preocupação com o profissional, deixando de formar pessoas críticas com um bom entendimento de sua área e do mundo em que vive. O Ensino à distância também feri diretamente o quadro de docentes das Universidades, pois, seguindo este molde, é necessário apenas um professor para uma infinidade de alunos, sem necessidade estrutural; o que faz com que o conhecimento seja unilateral e sem um real debate de idéias.




Art.6°
Quanto a CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - não temos certeza se o problema é sua existência ou a forma em que ela atua. Atualmente segue uma lógica produtivista que tem por base a produção de artigo e congêneres para avaliação dos dados, direcionando até mesmo os recursos (verbas públicas) para os projetos com os “melhores” resultados. Projetos como o mapa da fome no Paraná, que era traçado por uma professora da UFPR, não tem a possibilidade de manter essa produtividade de artigos pela duração e complexidade do mesmo; um outro caso que aconteceu nesse viés produtivista foi quando o jornal Folha de São Paulo publicou a lista dos professores improdutivos pautados somente por esse critério.
Entendemos que é importante uma regulamentação para que os professores mantenham projetos de pesquisa e extensão, porém não dessa forma.




O inciso IV mostra uma ingerência sobre as Universidades direcionando quais áreas de conhecimento devem ser priorizadas e, além disso, prioriza demandas de setores que já possuem vários privilégios, em detrimento de privilegiar setores mais pobres e explorados.




Capítulo II
Das Instituições de Ensino Superior

Seção I
Das Disposições Gerais




Art.7°
§4° Permite a entrada de capital privado internacional nas instituições privadas com fins lucrativos. É de um extremo absurdo que hajam universidades regulamentadas com tal finalidade, pois isso tira completamente o caráter da Universidade gerar conhecimentos novos e livres. O fato de o lucro ser o centro de objetivação desse estabelecimento faz com que tudo seja secundário; a qualidade do ensino, a pesquisa e extensão, sendo essas duas últimas as mais precarizadas por quase sempre serem um investimento em longo prazo e sem, necessariamente, ter vinculação com o mercado. Além disso, com o investimento internacional, o direcionamento será descaradamente, para os interesses de grandes grupos internacionais, o que contribuirá para um aumento na quantidade de universidades particulares e no investimento de empresas investindo nessa área.




Art. 8°
Inciso III regulamenta as universidades com fins lucrativos




Art. 10°
Inciso X deixa para cada instituição de ensino superior definir os critérios de exclusão dos estudantes. A não regulamentação disso é complicada, pois pode haver exclusão de estudantes por motivos pecuniários, como falta de pagamento de mensalidades, e abre precedente para expulsão sumária por divergências políticas ou ainda de estudantes que participam de manifestações, movimento estudantil. E mesmo que isso seja decidido de forma democrática e paritária dentro de cada universidade, a correlação de forças entre esquerda e direita se altera conforme o período, e os movimentos sociais não podem ficar suscetíveis a represarias institucionais por conta disso. Por exemplo, aqui na UFPR temos o conselho universitário, que não é paritário, tem aproximadamente 70% de professores, 15% de técnicos, 15% de estudantes e duas pessoas da sociedade civil - o conselho dessa forma não deve decidir sobre como expulsar os estudantes, e mesmo se fosse 1/3 professores, 1/3 técnicos e 1/3 estudantes, o conselho é eleito e sempre muda sua configuração, então poderia existir momentos em que sua maioria fosse da esquerda e outros que fosse majoritariamente da direita.




Incisos XI, XII e XIII todos eles tratam de uma regulamentação para o recebimento de investimentos privados pelas mais diversas formas, como doação, cooperação financeira com entidades privadas, enfim permite financiamento privado nas universidades públicas, o que faz com que essa perca sua finalidade, já que cada um terá seu interesse particular e um objetivo específico para seu investimento.




Art. 11°
Inciso III A forma de avaliação implantada hoje, assim como a composição dos conselhos, não está de acordo com o que o movimento estudantil e o movimento docente reivindicam historicamente, pois é ranquiativa, punitiva e não paritária.




Inciso IV Historicamente os movimentos sociais buscam uma representação paritária nos conselhos com todos da comunidade acadêmica com igual representação, vale lembrar a greve do 1/3 feita na década de 60 pelo movimento estudantil, com esse nome, pois reivindicava 1/3 das cadeiras dos conselhos universitário. Porém mais uma vez eles regulamentam a prevalência da representação docente.




Inciso VIII Já deveria ser regulamentado aqui. Pois dessa forma a universidade tem liberdade para repressão aos movimentos sociais com alegações que hoje já fazem de que no movimento estudantil só tem baderneiros.




Seção II
Da Universidade

Art. 12°
Inciso III Entende-se, segundo a linha do ANDES-SN, que 1/3 apenas é aquém do necessário, deveria ser mais da metade.
Inciso IV A titulação dos professores deve ser prioritariamente e majoritariamente de doutores.




Art.14°
O artigo trata da autonomia financeira e patrimonial. A partir disso regulamenta a gestão de recursos recebidos por doação além de reconhecer que a Universidade pode possuir atividades finalísticas de geração de recursos, indo contra a Constituição. Um exemplo disso é a cobrança da taxa de matricula na UFMG de R$200,00 por semestre; cursos pagos (que atualmente na UFPR forma mais alunos do que na graduação gratuita); cobranças de taxas por serviços (na UFPR é cobrada uma taxa para inscrição em matérias após o trancamento do curso e para utilização do Centro de Educação Física e Desportos) entre outros.




Parágrafo Único: Gera uma confusão proposital, se utilizando de uma demanda dos movimentos, mas sem nenhum fundamento, e ainda pior, contraditório com o expresso acima.




Seção III
Do Centro Universitário

Art. 16°
A proposta de criação de centros universitários vem para baratiar à abertura de novos locais que formem profissionais sem preocupação com a qualidade de sua formação. Com isso, textualmente, eles retiram a necessidade de produção de pesquisas nesses campi e diminui a qualificação necessária do professor que irá atuar. O profissional formado nessas instituições será voltado somente para mercado de trabalho, acabando com a formação crítica de um profissional mais abrangente e criando apenas um reprodutor do conhecimento já gerado e limitado.




Seção IV
Da Faculdade

Art. 18°
A classificação de Faculdades se resume em transmissão de conhecimentos sem mencionar sequer a pesquisa e a extensão, formando “profissionais” com qualidade cientifica, técnica e cultural debilitada e débil. A formação do corpo docente também é mais precária sendo reduzida à somente 1/5 de seus compositores com titulação acadêmica de mestrado e/ou doutorado.




Em relação às seções III e IV, acreditamos que a única diferença entre a Universidade e a Faculdade deve se resumir a quantidades de cursos e não na qualidade do ensino, existência de pesquisas e extensões. Não esquecendo da qualificação do profissional de ensino. Sendo assim, achamos irrelevante a existência dos Centros Universitários, pois como já foi citado este só direciona o ensino para a formação rápida e mecânica de profissionais voltados às exigências do mercado de trabalho.




Título II
Da Educação Superior no Sistema Federal de Ensino

Capítulo I
Das Disposições Gerais




Art. 25°
Entendemos a importância à existência do colegiado superior dentro das universidades (publicas e privadas), porém é reafirmada a participação majoritária dos docentes, o que somos contra, pois da forma exposta prevalece sempre à posição apenas de um setor que compõem a comunidade acadêmica.




Parágrafo Único: Regulamenta a participação das mantenedoras no colegiado superior seguindo assim a cartilha do Banco Mundial que expressa claramente o seu objetivo nesse contexto. “As instituições não podem reagir aos incentivos para melhorar a qualidade e a eficiência sem que tenha controle sobre seus recursos e procedimentos”. ¹


¹DRUCK, Graça e FILGUEIRAS, Luiz. “O PROJETO DO BANCO MUNDIAL, GOVERNO FHC E AS PRIVATIZAÇÕES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS”, publicado no caderno do CEAS, Salvador, Setembro/Outubro, 1996, n.165, p.28-42.






Art. 26°
Nesse artigo apresenta que deve haver representantes da sociedade civil nos conselhos consultivos, porém não diz quem são esses representantes. E nos incisos desse artigo, nenhum momento trata sobre a abertura das contas das instituições.




Art. 31°
O aumento do numero de vagas é sempre muito importante, mas isso deve estar sempre relacionado com uma estrutura adequada, plenamente ligada ao tripé universitário: ensino, pesquisa e extensão.




Art. 32°
São importantes que sejam salvaguardados os direitos, garantidos e adquiridos, dos estudantes, mas estes devem estar expressos no projeto. O direito ao diploma reconhecido pelo MEC, depois de ter passado no vestibular, por exemplo, deve estar textualmente expresso.




Art. 33°
Fica sob encargo do CONAES (Comissão Nacional de Avaliação do Ensino Superior), CNE (Conselho Nacional de Educação) e o MEC (Ministério da Educação) a renovação periódica de credenciamento e alteração das Universidades.




Capítulo III
Das Instituições Federais de Ensino Superior




Art. 36°
Inciso VII A gratuidade do ensino deve ser plena. Que não sejam permitidos cursos pagos dentro de universidades públicas ou com o seu “nome” (cursos vinculados às mesmas). Deve constar também que as pesquisas e os projetos de extensão sejam gratuitos e financiados pelo Estado.




Inciso X Quando é pautado o pleno aproveitamento da capacidade institucional pode ocorrer um grave erro; uma análise equivocada da potencialidade dos cursos. Como exemplo, podemos citar programas como o PROVAR, onde uma confusão na matrícula dos alunos acarretou na não efetivação da mesma em determinadas matérias. Os cursos, pela precariedade e falta de professores, se adaptam a isso e um semestre que começa com 200 estudantes se molda a comportar a metade, não conseguindo abrir duas salas de aulas como acontece no início do curso.






Art. 37°
§2° Regulamenta as fundações de apoio da universidade, e este tem servido, até hoje, como uma forma de entrar financiamento privado por meios obscuros, pois suas contas não são abertas. Servem também para desviar recursos públicos não utilizados no prazo devido, estes são mandados para as fundações e constam como se tivessem sido gastos.




§3° Esse parágrafo, quando trata da questão de gestão eficiente de recursos humanos, remete a exploração ainda mais acentuada dos trabalhadores da universidade, que hoje já atuam de forma extremamente desgastante, com excesso de tempo de trabalho e sem fiscalização das condições. E quando no final do parágrafo trata da efetiva arrecadação de receitas próprias, deixa escancarado como será o financiamento das universidades.




Seção II
Da Universidade Federal

Art. 40°
Os projetos anteriores da reforma universitária, não tiveram a ousadia de colocar que o reitor seria nomeado pelo presidente da república segundo uma a lista tríplice com os três primeiros colocados na eleição para reitor. Esta é a forma atual das eleições, implantada na época da ditadura. No período FHC, aconteceu um exemplo clássico de quais conseqüências isso acarreta quando foi nomeado o segundo colocado como reitor da UFRJ, na verdade a comunidade acadêmica o entendia como interventor, e o acirramento foi muito grande entre os setores envolvidos; mobilizações constantes aconteceram e um grande clima de tensão na universidade foi implantado.






A eleição direta na comunidade acadêmica é um avanço, mas ela deve ser também no mínimo paritária entre os professores, estudantes e os técnicos administrativos, algo que não consta no projeto, e segundo a LDB (Lei de Diretrizes de Base) a eleição deve ser feita com 70% dos votos de docentes, 15% de estudantes e 15% de técnicos administrativos.




§1° O mandato de cinco anos, ao invés de quatro como é hoje, pode ser prejudicial, pois a grande maioria dos estudantes se forma nesse período, prejudicando a “memória” do movimento estudantil.




Seção III
Do Centro Universitário Federal e da Faculdade Federal




Art. 41° e 42°
Esses artigos mostram que além dos Centros Universitários proporcionarem uma formação de qualidade baixa, deixa subjugada a aprovação de seu estatuto e regimento ao MEC e de seus diretores, dos Centros e Faculdades Públicas, para o presidente da república.




Seção IV
Do Financiamento das Instituições Federais de Ensino Superior




Art. 43°
Defendemos que seja feito o que foi previsto pelo PNE (Plano Nacional de Educação), cuja finalidade é a vinculação do financiamento da educação em todos os seus níveis em 7% para ir aumentando gradativamente até, em uma década, chegar a 10%. Para as instituições de ensino superior, deveriam ser investidos 2% do PIB para a meta de 2,7% em cinco anos.






A vinculação da receita das Universidades em cima dos impostos (encontra-se expresso no artigo 212 da Constituição, onde 18% são destinados à Educação), é um meio de se investir menos ainda nas Universidades, pois grande parte dos impostos tem alterado sua configuração para taxas e tributos, fazendo com que não seja investido em tais instituições. É importante constar, também, que durante o período Collor foi implantado a Desvinculação das Receitas da União (DRU), onde retém - até hoje - 20% da receita de todos os impostos cujo destino seria os setores sociais.




Os incisos subseqüentes expressam formas de financiamentos onde pode ser utilizado os 25% do restante da receita.




Art. 44°
Inciso III trata de uma possível contradição, pois as prioridades nas publicações em periódicos especializadas passam a ser quantitativos e não qualitativos. Fazendo com que as pesquisas não sejam tão específicas e produtivas.




Inciso IV registro e comercialização de patentes. A geração de conhecimento deva ser a uso fruto da população em geral, sem que este se direcione à algo/alguém específico.




Inciso VI Relaciona o resultado da SINAES com os recursos, porém sem explicitar no regulamento e demonstrar como único meio de distribuição das verbas públicas diante deste. Lendo artigos do próprio MEC, contudo, observamos que o direcionamento do investimento será atribuído às instituições melhores classificadas dentro do método de avaliação (SINAES). Podendo ser classificado esse método de avaliação como estritamente punitivo. “Queremos que as Instituições se qualifiquem e, com isso, evitar o fechamento ou a penalidade”. HADDAD, Fernando Ministro da Educação (2006).




Inciso VII Regulamenta que critérios da CAPES serve para a distribuição dos recursos destinados as instituições federais de ensino superior.




Seção V
Das Políticas de Democratização do Acesso e de Assistência Estudantil




Art. 45°
Esse artigo não apresenta quais os critérios para a formulação e implantação da democratização do acesso, da assistência estudantil, ações afirmativas e sobre a inclusão social.




Parágrafo Único: Aqui é abordado o nivelamento educacional, o que implica conteúdo do ensino médio na universidade por conta de uma defasagem deste, sem aumentar o tempo da graduação. Além disso, são citadas as bolsas especiais como uma nova bem feitoria, porém estas na universidade são um direito adquirido do estudante já de muito tempo. A única diferenciação entre as já existentes das novas é em relação à aquisição de conhecimentos (que acontece nas bolsas já existentes) e a realização de trabalhos mecânicos (o que ocorre com as bolsas especiais). As bolsas assistências também se fazem necessárias, pois os custos de permanência, mesmo em uma universidade pública, são muito altos, o que faz com que o número delas seja aumentado.




Art. 46°
As democratizações de acesso deverão ser atreladas à Assistência Estudantil garantindo, assim, além do acesso dos estudantes à Universidade a permanência na mesma. (com aulas complementares, bolsa alimentação, transporte, moradia...).



Art. 47°
Hoje as Universidades utilizam mais do que os 9% propostos pela Reforma Universitária, e está muito aquém do necessário, essa defasagem é expressa na falta de Restaurante Universitário, como é o caso de muitas Universidades, falta Casas de Estudante pública e gratuita, como é o caso também da UFPR, o Passe Livre estudantil dentre muitos outros direitos.




Título III
Das Disposições Finais e Transitórias




Art. 52°
Pede a mudança dos seguintes artigos:




“Art.44°
A educação superior abrangerá:




§1° O livre acesso a educação superior, tendendo ao fim do vestibular, deveria ser pautada na Reforma Universitária.




§3° Os cursos de graduação, observada a carga horária estabelecida pelo Conselho Nacional de Educação, estariam limitadas a dois, três ou quatro anos dependendo da área de formação, hoje já está sendo reduzida a carga horária de vários cursos. Uma adequação a essa lógica, “aprende-se no mercado”.




§4° as instituições de ensino superior não podem organizar os cursos de graduação dentro da educação tecnológica.




“Art. 47°
§4° Como não existe diferença na forma de ensino presencial e a distância? Afinal esta já esta subentendida na própria etiologia de ambos os ensinos.




“Art.48°
§3°Os diplomas de mestrados e doutorados deveriam ser credenciados pelas Instituições públicas pelo reconhecimento da qualidade dessas instituições.




“Art.49°
Na hipótese de existência de vagas estas deverão ser preenchidas segundo uma avaliação estrutural do curso e disponibilidade de profissionais qualificados para a realização do mesmo.